Nasceu a 6 de Outubro de 1880, em Sobral da Adiça, freguesia rural do concelho de Moura.
Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra. Após concluir os estudos iniciou a sua carreira profissional em Lisboa, onde desempenhou com distinção os cargos administrativos do 4º Bairro de Lisboa. Foi procurador à Junta Geral do Distrito de Beja. (CORREIA, José António de Oliveira, Moura Culturas e Mentalidades, CMM, 1997)
De regresso ao concelho de Moura, fixa-se na sede de concelho, onde foi Conservador do Registo Civil.
Entre Janeiro e Julho de 1926, foi Presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Moura.
Ainda em 1926, foi presidente da Liga de Foot-Ball e Desportos de Moura, liga amadora, onde militavam quatro equipas de futebol de clubes locais. Fruto da sua persistência enquanto presidente da Liga de Foot-Ball, consegue a cedência por parte da autarquia do campo desportivo situado ao Fojo. A 20 de agosto de 1926, é assinada a escritura de cedência e a 26 de dezembro do mesmo ano é inaugurado o campo de futebol «Maria Vitória».
Entusiasta e grande defensor do património histórico e cultural do seu concelho, integrou a Comissão Municipal de Arte e Arqueologia entre os anos de 1942 e 1954. Durante este período trabalhou intensamente na preservação e valorização da riqueza cultural do seu concelho, junto de homens como o Dr. Fragoso de Lima ou o Sr. José Godinho Cunha.
Em 1956 e como forma de materializar o amor que nutria por Moura, resolve transmitir para a Câmara Municipal o direito de propriedade sobre a sua habitação, sita na Esquina da Rua do Escalatrim com a rua da Carneira. Era seu desejo que após a sua morte aí fosse instalada a Biblioteca Municipal e o Museu Arqueológico e Etnográfico. Doava igualmente ao município a sua biblioteca particular com todo o seu recheio.
O seu desejo de que o edifício então doado tivesse uma utilização para fins culturais, não seria concretizado, pois a Biblioteca e o Museu, vieram a ocupar o antigo edifício dos Paços do Concelho, na Praça Sacadura Cabral. No entanto, em 2001, parte da sua antiga habitação recebeu o Arquivo Histórico Municipal, realizando-se assim em parte a sua vontade.
Marcelino Fialho Gomes faleceu a 30 de junho de 1965, encontrando-se os seus restos mortais sepultados no jazigo de família, no cemitério municipal de Moura.