Aforamento de olival sito a Bráfama de Aroche.

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Aforamento de olival sito a Bráfama de Aroche.

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AMMRA/DD/000006

Tipo de título

Atribuído

Título

Aforamento de olival sito a Bráfama de Aroche.

Datas de produção

1642  a  1642 

Dimensão e suporte

6 fls. (312mm x 215mm) - papel

Âmbito e conteúdo

Desde tempos imemoriais que à conquista de Moura aos muçulmanos se associa a lenda da Moura Salúquia. Reza a lenda que a princesa Salúquia esperava o seu noivo Bráfama de Arouche no Castelo de Moura quando, de forma inesperada, já nos arredores da vila o mesmo foi atacado pelos irmãos Álvaro e Pedro Rodrigues, cavaleiros do serviço del Rei. Bráfama e a sua comitiva foram assassinados, e os seus atacantes envergando as suas vestes, entraram com facilidade no Castelo, tomando-o aos mouros. Salúquia, ao aperceber-se da cilada, ter-se-á atirado de uma torre, com as chaves da vila na mão, preferindo a morte à rendição.Fragoso de Lima, arqueólogo e professor mourense defendeu, em artigo publicado no jornal de Moura em 7 de setembro de 1935 e posteriormente transcrito na obra Elementos Históricos do Concelho de Moura (CMM-2003), que esta lenda se baseava em acontecimentos reais associados à tomada da vila pelos cristãos em 1166. Um dos argumentos apresentados pelo Dr. Fragoso de Lima era a existência de um olival nas proximidades de Moura a que chamavam de Bráfama de Arouche.No Arquivo Municipal de Moura encontra-se uma escritura de aforamento, que refere expressamente o sítio de Brafame de Arouche no ano de 1642. O referido documento, que colocamos agora em destaque faz parte integrante do fundo da Santa Casa da Misericórdia de Moura. Pela leitura do documento ficamos a saber que a 2 de maio de 1642, na Casa de Despacho da Santa Casa da Misericórdia de Moura, perante o tabelião de notas António Taveira, o Provedor e mais irmãos declararam que aquela Casa «tinha e possuía por seu hum ollivall de duas geiras no termo desta dita villa, no sítio de brafame de arouche, que partem as ditas duas geiras de ollivall de huma parte com ollivall de António Mendes Coelho e da outra parte partem com ollivall dos frades do carmo desta villa…»O referido olival propriedade da Misericórdia seria então aforado a Gaspar Gomes, lavrador, morador no fojo de Moura, pelo preço de 1450 réis, em dinheiro contado, de prata e em moedas correntes no Reino.Âmbito e conteúdo elaborado por Octávio Patrício (CMMRA), com recurso às seguintes fontes e bibliografia:- Arquivo Municipal de Moura, Santa Casa da Misericórdia de Moura, Escrituras de Aforamento, ds000020, cx074- LIMA, José Fragoso de - Elementos Históricos e Arqueológicos do Concelho de Moura, Câmara Municipal de Moura, 2003

Cota descritiva

SCMM/D/B/002/ds000020/cx074

Idioma e escrita

Português

Características físicas e requisitos técnicos

Em mau estado de conservação.

Nº visualizações

1571

Data de publicação

25/06/2021 12:14:36